Embora Messiaen nunca tenha trabalhado ou demonstrado particular interesse pelo mundo do jazz, era famoso pelas suas improvisações. Este aspecto, aparentemente irrelevante, é importante para percebermos a proximidade com os paradigmas do jazz tradicional que faz com que a linguagem harmónica de Messiaen se torne um caminho possível para o jazz contemporâneo.
Foi por esta razão que Daniel Bernardes, que tomou contacto com a música de Olivier Messiaen na adolescência, se lançou a explorar as possibilidades do sistema harmónico de Messiaen. Esboçando nova música e com crescente entusiasmo, rapidamente surgiu a ideia de juntar um trio de piano jazz a um ensemble de percussão, da qual nasceu um convite ao mais importante conjunto de percussão do panorama musical português.
O resultado? Uma experiência inédita e uma justa homenagem ao mestre Francês.